O Codex
Alimentarius declara que deve existir um controlo de pragas, a fim de
detetar e eliminar a sua existência nos estabelecimentos do setor alimentar.
Mas afinal de
contas o que são pragas?
As pragas são surtos de animais que podem contaminar
os alimentos e colocar em risco a saúde pública. Podem ser roedores (ratos,
ratazanas), rastejantes (baratas, formigas), insetos (moscas, mosquitos),
pássaros (pombos, pardais), entre outros.
Porquê
controlar as pragas?
O Regulamento (CE) nº 852/2004 de 29 de abril (e suas
alterações) obriga à existência de procedimentos para controlar estes surtos. Porém
não é só por ser um pré-requisito do Sistema HACCP que deve existir um plano de
controlo de pragas. Os principais motivos prendem-se com a prevenção de
doenças, de acidentes (como fogos e inundações causadas por mordidas de
roedores), de contaminação de alimentos (larvas ou excrementos de insetos, por
exemplo), servindo também para evitar a perda de clientes (devido à venda de
alimentos contaminados por pragas ou às más condições de higiene do
estabelecimento).
Note-se que o simples facto de um estabelecimento não
ter pragas numa determinada altura, não elimina a necessidade de ter um plano
de controlo de pragas, para que se consigam evitar futuras ocorrências, antes
mesmo de o problema estar instalado.
Como efetuar
este controlo?
Para estabelecer um programa de controlo de pragas deve
ser elaborado um mapa com a localização dos iscos e/ou electrocutores / electrocaçadores
/ electrocoladores de insetos, bem como um programa de manutenção. Os
relatórios emitidos devem ser arquivados e devem mencionar todas as pragas
encontradas e onde foram detetadas, a eventual aplicação de produtos químicos e
a descrição das respetivas ações preventivas e corretivas.
Este controlo deve ser efetuado por empresas
especializadas, para que os produtos e métodos utilizados não prejudiquem as
condições de segurança dos produtos alimentares. É ainda importante arquivar as
fichas técnicas e das fichas de segurança dos produtos utilizados e conhecer a
forma de atuação em caso de intoxicação provocada pelos mesmos.
O que fazer no
dia-a-dia para evitar pragas?
Para além de efetuar desinfestações, devem ser sempre
empregues as boas práticas de higiene, de modo a evitar a criação de um
ambiente favorável ao desenvolvimento das pragas. Uma boa higienização das
instalações e a inspeção das matérias-primas na sua receção pode minimizar a
probabilidade de ocorrência de uma infestação.
Assim, existe um conjunto de regras básicas que devem
ser cumpridas:
·
As instalações devem ser mantidas em bom estado
de conservação;
·
Os orifícios, drenos, ralos e outra
·
Manter os produtos alimentares protegidos e
tapados;
·
Limpar os restos de alimentos e desperdícios,
não permitindo que se acumulem;
·
Acondicionar sempre os alimentos sobre
prateleiras ou estrados e não encostadas à parede;
·
Aplicar nas janelas e outras aberturas de
ligação ao exterior, redes de proteção contra insetos, facilmente removíveis
para limpeza;
·
Assegurar que as zonas de receção e
armazenamento de matérias-primas se encontram livres de pragas;
·
Manter os resíduos em contentores fechados;
·
Excluir os animais da área circundante;
·
Manter um eficaz Plano de Higienização das
instalações.
Como deve
começar? É fácil!
Para cumprir com as suas obrigações em matéria de
controlo de pragas, é importante ter um plano de higienização bem estruturado e
adequado ao seu estabelecimento, bem como um sólido programa de controlo de
pragas. Para tal, e para contar com um bom aconselhamento, contacte-nos. Estamos
sempre à disposição para ajudá-lo e esclarecer eventuais dúvidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário