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Maia, Porto, Portugal
Empresa Prestadora de Serviços de HST (Autorização nº8500910111 emitida pelo ACT), Ambiente e Higiene Alimentar

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A importância da HST na Agricultura

Atualmente, agricultura é o emprego mais frequente mundialmente, apesar de ser uma das atividades profissionais mais perigosas (mais acidentes de trabalho e mais doenças profissionais).
              Cada vez existe maior competição internacional na produção agrícola (principalmente de trigo e arroz) não investindo assim na Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), nem dando valor a esta área importante. A legislação não considera a profissão de agricultor de elevado risco e maioritariamente a empresa não possui mais de dez trabalhadores, não estando assim obrigada a adotar estes serviços nem Medicina no Trabalho.
                Para o aumento da produtividade, cada vez alargam o uso de pesticidas, o que origina uma grande quantidade de intoxicações. O contacto humano com os pesticidas pode ocorrer por via cutânea, respiratório ou oral (através dos alimentos, por exemplo).
                   
Ao longo dos anos, tem vindo a estudar-se o efeito dos pesticidas e a reprodução. Já se realizaram vários estudos, mas ainda não há nada consensual. Verificaram que pessoas expostas a estes produtos têm maior dificuldade a engravidar e o risco de aborto é maior em grávidas expostas. Analisaram também que o feto é mais suscetível a danos do que o organismo adulto.
                São muitos os acidentes de trabalho existentes na agricultura. Várias são as razões: mais horas de trabalho (maior fadiga e stress), desrespeitam a legislação e permitem o trabalho a menores e não cumprem com a idade de aposentação (sendo os idosos mais suscetíveis de doenças fatais, ficando depois a realizar tarefas os empregados que são menos experientes). Os acidentes de exploração agrícola estão relacionados com os tratores (capotamento, atropelamento e colisões) e outras máquinas agrícolas e situações relacionadas com os animais e quedas.
São vários os problemas/riscos associados à profissão mencionada:
  1. ·         Lesões músculo-esqueléticas devido ao manuseamento de cargas, quedas, entre outras;
  2. ·         Risco de Incêndio devido aos vários equipamentos elétricos utilizados, combustíveis acumulados e produtos químicos inflamáveis;
  3. ·         Exposição a radiações Ultravioleta, Visível e Infravermelhos;
  4. ·         Exposição a temperaturas extremas (principalmente no Verão em dias de muito calor);
  5. ·     Doenças respiratórias e imunoalérgicas devido à exposição a poeiras orgânicas e inorgânicas. Os principais agressores respiratórios são os bioaerossóis;
  6. ·     Doença oncológica devido à exposição a organofosforados, fertilizados, solventes, combustíveis, poeiras e radiações.

Em geral os riscos ocupacionais que mais sobressaem são os acidentes, o calor e os pesticidas. Os acidentes estão relacionados com a imaturidade emocional, agressividade e impulsividade. Nota-se que geralmente no sexo feminino existe menos capacidade de decisão laboral apesar de terem escolaridade mais elevada.
Em muitos países, os agricultores não têm acesso a cuidados de saúde. Por isso há uma grande necessidade de adotar práticas de educação e promoção para a saúde. Para o desenvolvimento destas práticas um enfermeiro do trabalho é essencial, apesar da sua formação ainda não ser frequente e não ser direcionada para saúde ocupacional.
               
Em jeito de conclusão, é essencial os agricultores terem acesso aos serviços de SHST para diminuir os acidentes de trabalho e doenças profissionais, contribuindo assim para estudos desta atividade futuros.

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